Apesar do apoio das autoridades do Egito para a retirada de brasileiros da Faixa de Gaza, fontes do Itamaraty admitem que, por ora, ainda não há previsão para o resgate.
Nesta quarta-feira (11), o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira conversou por telefone com o chanceler do Egito, Sameh Shoukry, que prometeu esforços para a abertura da passagem de Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito. A informação foi antecipada pela analista Basília Rodrigues, da CNN.
Está é a única divisa do território em conflito além de Israel.
À CNN, diplomatas envolvidos na negociação explicam que o sucesso da operação depende do Hamas, grupo radical islâmico que domina Gaza, e também das autoridades israelenses. Isso porque o entorno da passagem de Rafah já foi bombardeado duas vezes pelo Exército de Israel em uma contraofensiva ao Hamas. Com isso, não há como garantir a saída de brasileiros em segurança.
A estimativa é que na região vivam 60 brasileiros, dos quais 26 já pediram repatriação. O Itamaraty também já contratou dois ônibus para retirar as pessoas da zona de conflito.
Segundo informou a âncora da CNN Tainá Falcão, o Itamaraty avalia a possibilidade de diálogo com o grupo radical islâmico Hamas para negociar a retirada de até 30 cidadãos brasileiros da Faixa de Gaza.
De acordo com fontes do governo brasileiro, a negociação não ocorreria em caráter formal, mas usando emissários da comunidade brasileira em Gaza, que podem intermediar o pedido.