Uma onda de calor está se espalhando pelo interior do Brasil e vai elevar a temperatura em algumas regiões em até 40°C. Segundo meteorologistas ouvidas pelo R7, o calorão vai durar pelo menos até o fim de semana.
A meteorologista Helena Balbino, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) de São Paulo, explica que essas ondas de calor costumam acontecer durante a transição do inverno para a primavera. Neste ano, a expectativa é que os termômetros registrem temperaturas acima da média climatológica.
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O Inmet também emitiu, nesta segunda-feira (18), um alerta de nível laranja – que sinaliza perigo – para a onda de calor e os potenciais riscos à saúde da população. As temperaturas serão 5°C acima da média.
Os estados mais afetados pelo fenômeno são: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Pará.
O instituto também alerta para a previsão de baixos índices de umidade relativa do ar para a maior parte da área de abrangência do aviso. O comunicado é válido até sexta-feira (22) às 18h.
Entretanto, na avaliação da meteorologista Maria Clara Sassaki, do Climatempo, essa onda de calor deve se estender até a próxima terça-feira (26).
Ao longo dessa semana, algumas cidades como São Paulo também podem bater recorde de temperatura. Os termômetros podem registrar na capital a média histórica de 37,1°C neste sábado (30), de acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências).
De acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), neste período, ainda existe o aumento da probabilidade de incêndios na vegetação, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste, pois essas regiões se encontram no período mais seco do ano.
A onda de calor é causada por um sistema de alta pressão – que impede o ar quente de se movimentar – e pelas condições de tempo predominantemente seco, levando ao aumento de insolação e impedindo a formação de nebulosidade, explica o Inmet.
Apesar da prevalência de tempo seco em algumas áreas, dentro da onda de calor, podem ocorrer chuvas intensas localizadas.
Sassaki também pontua que o El Niño – que se caracteriza pela elevação de temperatura da superfície nas águas do Oceano Pacífico – e o aquecimento global estão contribuindo para a formação da onda de calor no país.
Sudeste: pancadas de chuva vão acontecer em boa parte do estado de SP e no Triângulo Mineiro, sem previsão de acumulados expressivos. O tempo é firme nas demais regiões de Minas Gerais, no Rio de Janeiro e no Espirito Santo. As temperaturas também são altas em todo o Sudeste;
Sul: a previsão é de acumulados altos no Rio Grande do Sul e no norte do Paraná, ou seja, nessas áreas, a chuva ocorre ao longo de todo o dia, intercalando momentos de melhoria. Em Santa Catarina, chuva concentrada entre a manhã e tarde;
Centro-Oeste: a chuva ganha força no oeste do Mato Grosso e ocorre de forma mais volumosa, sendo acompanhada por trovoadas e por queda isolada de granizo. Enquanto no Mato Grosso do Sul e no sul de Goiás, as pancadas de chuva permanecem intercalando com momentos de melhoria;
Nordeste: a chuva é mais frequente e ocorre a qualquer momento do dia entre Alagoas e Paraíba. A chuva é mais pontual entre o litoral do Maranhão e do Ceará, litoral do Rio Grande do Norte e entre o Sergipe e a costa baiana. Já no interior, o sol brilha forte durante todo o dia e as temperaturas são altas;
Norte: a chuva permanece volumosa e concentrada no período da tarde no Amazonas, Acre e em Rondônia, enquanto chove de forma isolada em Roraima, no norte do Amapá e no oeste do Pará. As demais regiões têm tempo firme, seco e bem quente, além de baixos índices de umidade relativa.