A passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito, está aberta, mas bombardeio aéreo tornou as estradas do lado de Gaza “inoperáveis”, disse o ministro das Relações Exteriores egípcio, Sameh Shoukry, à CNN neste sábado (7).
“A passagem de Rafah está oficialmente aberta do lado egípcio, esteve aberta o tempo todo”, disse Shoukry.
O ministro disse que se os cidadãos estrangeiros em Gaza conseguirem passar pela passagem de Rafah, o governo egípcio ajudará a facilitar os voos para levá-los a seus países de origem.
“Se todos os procedimentos tiverem sido devidamente seguidos, e eles tiverem verificado seus documentos no lado de Gaza para atravessar, iremos fornecer-lhes todas as facilidades, em cooperação com as suas embaixadas, para levá-los”, disse Shoukry.
Shoukry disse que o Egito tentou trabalhar com as Nações Unidas para enviar ajuda humanitária a Gaza, mas não recebeu a autorização adequada para fazê-lo.
Shoukry também apelou à protecção das vidas dos civis no conflito.
“Defendemos a necessidade de respeitar o direito humanitário internacional, a necessidade de abordar as preocupações e as circunstâncias muito difíceis que os civis palestinos enfrentam. Precisamos de maior proteção para que os civis não fiquem sob fogo”, disse Shoukry. “Fomos muito claros que não aceitamos qualquer forma de atacar civis inocentes”.
Alguns antecedentes: A passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito, foi deixada como a única saída viável para tirar as pessoas do enclave sitiado – e para ali levar abastecimentos. Mas não está claro se a travessia está operacional.
O Departamento de Estado dos EUA havia indicado anteriormente que o ponto de entrada egípcio “pode estar aberto” aos americanos que tentam sair de Gaza, mas a mídia local informou que os cidadãos dos EUA e outros cidadãos estrangeiros que chegaram à passagem não conseguiram deixar Gaza no sábado.
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*Publicado por Danilo Moliterno.