Promotores do condado de Fulton fizeram dez acusações a um grande júri contra o ex-presidente Donald Trump, nesta segunda-feira (14), pelo caso da manipulação das eleições de 2020 no estado da Georgia, nos Estados Unidos.
O grande juri deverá decidir se ele se tornará réu, passando a responder judicialmente, ou não pelo caso.
Documentos indicam que o grande júri não votou contra nenhuma das acusações apresentadas. No entanto, a papelada também ainda não lista o nome de nenhum réu.
Também não está claro quantas das acusações estão diretamente relacionadas à investigação eleitoral. A Reuters afirma que as acusações listadas no documento incluíam extorsão, falso testemunho, publicação de documentos falsos e conspiração.
As informações das dez acusações foram confirmadas à imprensa por um funcionário do tribunal de Fulton, Che Alexander. Os documentos devem ser analisados em até três horas, disse o escritório de Alexander à CNN.
Após a análise, uma coletiva de imprensa da promotora Fani Willis, que coordena a equipe de promotores que apresentou às dez acusações, será realizada.
Espera-se que ela busque um indiciamento pelo grande júri nesta semana.
Acusações retiradas do site do tribunal
O tribunal de Fulton postou por alguns momentos um documento listando as várias acusações criminais contra Trump, mas, pouco depois, removeu o documento sem dar explicações.
O documento era datado de 14 de agosto e citava Trump, classificando o caso como “aberto”.
A promotoria do condado afirmou em comunicado que nenhuma acusação foi registrada até o momento contra o ex-presidente.
O tribunal do condado de Fulton afirmou, também em nota, que nenhum documento foi registrado nesta segunda relativo ao grande júri que está analisando evidências sobre o caso.
A corte descreveu o que chamou de “um documento fictício que está circulando online”, sem especificar se era o que listava as acusações criminais contra Trump.
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Indiciado pela quarta vez?
Trump — que lidera a corrida para ser o candidato republicano nas eleições presidenciais de 2024, contra o atual presidente, Joe Biden — já foi indiciado criminalmente três vezes neste ano, incluindo um processo do procurador especial Jack Smith, acusando-o de tentar mudar o resultado das últimas eleições.
O ex-presidente classifica as investigações e também os dois impeachments que sofreu na Câmara dos Deputados como uma “caça às bruxas”.
Se Trump for acusado na Geórgia, seria seu quarto indiciamento em menos de cinco meses, e o segundo devido a tentativas de manipular e subverter o resultado das urnas em 2020.
Os advogados de Trump disseram que o episódio “não é um simples erro administrativo”.
“Isso é emblemático das violações constitucionais generalizadas e flagrantes que marcam este caso desde o seu início”, afirmaram os advogados Drew Findling, Jennifer Little e Marissa Goldberg em nota.
*Com informações da Reuters
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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