Roberto Campos Neto, o presidente do Banco Central (BC), falou novamente no último dia 02 de outubro (segunda-feira) sobre como funcionará o chamado “superaplicativo” bancário que está sendo desenvolvido pela autarquia presidida por ele.
A novidade promete trazer mais transparência e benefícios para o sistema financeiro brasileiro, além de fazer parte da agenda de digitalização que o órgão está colocando em prática. Assim, a ideia dessa ferramenta é reunir, em um único local, todos os dados bancários de um correntista, além de pagamentos, empréstimos, investimentos, entre outros.
Entretanto, tal recurso só poderia ser terminado em um período de 2 anos, segundo os especialistas. Logo, caso essa ideia se concretize, não será mais necessário que o cidadão tenha diversos aplicativos bancários diferentes instalados em seu aparelho celular, pois haveria um que reuniria todas as informações.
Entendendo melhor a ideia
Segundo o revelado, até o momento a ferramenta mencionada também contaria com a possibilidade de realizar consultas, comparar as taxas de juros oferecidas por diversas empresas financeiras, além de investimentos, empréstimos e outros produtos pertinentes ao nicho. Seguidamente, a contratação deles também seria feita pelo app.
“Na parte de crédito e de investimentos, haverá comparabilidade em tempo real. Se você quiser fazer um crédito, ele mostrará as taxas de juros para aquele crédito”, explicou Campos Neto durante apresentação feita no Abracam Talks, evento da Associação Brasileira de Câmbio, em São Paulo.
Campos Neto completou:
“Basicamente, é pensar que, no futuro, só haverá um app no seu celular, que você abrirá e, por meio do open finance, ele puxará todos os dados de todos os seus bancos.”
Conforme explica o gestor, outra funcionalidade bastante vantajosa para os brasileiros seria a possibilidade de consultar, em um único lugar, as informações de todas as contas que o indivíduo possui em diferentes bancos.
Dessa forma, bastaria que ele escolhesse em qual delas gostaria de entrar para fazer uma movimentação ou qualquer outra transação que fosse necessária. Isso pouparia tempo e traria mais segurança para ele, uma vez que tal unificação eliminaria a necessidade de lembrar diversas senhas e logins diferentes.
O presidente do BC finalizou:
“Se alguém quiser fazer um Pix, escolherá se quer fazer no débito ou no crédito, verá todas as suas contas bancárias e escolherá em qual banco quer fazer.”
Por fim, o “agregador financeiro,” nome oficial dado pelo Banco Central para essa tecnologia, que ainda está em fase de planejamento, seria a última etapa de uma gama de inovações planejadas pela autarquia, visando modernizar o sistema monetário nacional e estimular o brasileiro a utilizar recursos tecnológicos em seu cotidiano.