O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desembarcou nesta semana em Marrakech, no Marrocos, para participar de encontro anual que tem a presença do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. O evento começou na segunda-feira (9) e segue até sábado (14), data em que o ministro da Fazenda retorna ao Brasil. A reforma das instituições financeiras multilaterais é o principal tema da agenda, que vai contar também com reuniões bilaterais.
Haddad vai iniciar a participação no evento nesta quinta-feira (12), com reuniões bilaterais com os ministros de Finanças da Índia (Nirmala Sitharaman) e da França (Bruno Le Maire). O titular vai se encontrar com a ex-presidente da República Dilma Rousseff, que chefia atualmente o banco do Brics — grupo formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Além disso, a agenda conta com encontros com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, e com um jantar ministerial do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo.
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Nesta sexta-feira (13), Haddad se encontrará com a secretária-geral adjunta da Organização das Nações Unidas (ONU), Amina J. Mohammed, com o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e com o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Achim Steiner. Além desses encontros, fará reuniões bilaterais com os ministros das Finanças da Indonésia (Sri Mulyani) e de Portugal (Fernando Medina) e com o chanceler de Tesouro do Reino Unido (Jeremy Hunt).
Haddad participa mais uma vez de uma plenária do FMI no sábado (14), data em que também retorna ao Brasil. Na pauta deste ano, estarão em foco modelos de financiamento global, com debates influenciados pelo atual cenário de aumento das tensões geopolíticas, incluindo o conflito entre Israel e Palestina e a guerra da Rússia contra a Ucrânia.
G20
O fórum vai ter como pano de fundo a inclusão social e o combate à fome, a transição energética e o desenvolvimento sustentável e a reformulação de instituições de governança global. Haddad vai aproveitar a agenda, que reúne os principais países e líderes da área econômica, para dialogar sobre a organização do evento do G20 em 2024, cuja presidência será do Brasil.
Nas agendas bilaterais em Marrakech, o ministro da Fazenda pretende tratar das relações comerciais e da cooperação econômica entre o Brasil e outros países. “A atuação do Brasil no cenário internacional econômico, sobretudo por meio do G20, enfatiza o papel ativo que o país tem desempenhado em fóruns globais, buscando dialogar e estabelecer parcerias estratégicas para fortalecer não apenas a economia nacional, mas também contribuir com o equilíbrio e desenvolvimento global”, diz o Ministério da Fazenda.
Durante o período em que estará na presidência do G20, o Brasil deverá organizar mais de cem encontros oficiais, que incluem cerca de 20 reuniões ministeriais e outras 50 de alto nível, além de eventos paralelos, como seminários. O ponto alto no período será a próxima cúpula do G20, programada para os dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.