Um número não especificado de tropas nos Estados Unidos foi colocado em ordens de “preparação para implantação”, disse a vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, nesta segunda-feira (30).
“O secretário (Lloyd) Austin aumentou a prontidão de forças adicionais dos EUA para implantação, elevando nossa preparação para responder a várias contingências”, disse a vice-secretária.
“Não vou entrar em detalhes por razões [de segurança operacional], mas essas forças cobrem uma ampla gama de capacidades e missões”, adicionou.
Singh pontuou que o suporte de defesa aérea que está indo para a região, anunciado pelo Pentágono no domingo (29), são unidades previamente programadas para implantação, que agora se juntarão às unidades que já estão na área em vez de substituí-las.
O reforço do suporte aéreo, segundo a vice-secretária, inclui “um certo número de unidades já implantadas na região do Oriente Médio que serão estendidas e forças que deveriam rotacionar na região, mas que agora fortalecerão as forças no local.”
Isso incluirá “alguns milhares” de membros do serviço na região.
“Posso dizer que essas forças aumentadas incluem aeronaves de caça F-16, F-15E, A-10, F-22 e pessoal associado”, destacou Singh.
Entenda a guerra entre Israel e Hezbollah
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.
Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.