Descubra como o consumo de queijo consegue melhorar a saúde cognitiva e diminuir o risco de demência, segundo descoberta de um novo estudo japonês.
Manter o cérebro saudável à medida que envelhecemos é uma preocupação constante, e enquanto hábitos como manter-se ativo, uma dieta saudável e não fumar são recomendados, há outras opções complementares.
Uma nova pesquisa realizada no Japão revelou uma conexão intrigante entre o consumo de queijo e a saúde cognitiva, fazendo com que esse alimento fosse visto com novos olhos.
Por dentro do estudo
A pesquisa avaliou a saúde e os hábitos alimentares de mais de 1,5 mil pessoas com mais de 65 anos e descobriu que aqueles que consumiam queijo regularmente pontuavam melhor em testes cognitivos.
Essa descoberta sugere que o consumo de produtos lácteos, principalmente o queijo, pode estar associado a um menor risco de demência.
Embora seja cedo para tirar conclusões definitivas, os cientistas especulam que o laticínio pode conter nutrientes benéficos para o cérebro. Porém, ressaltam a necessidade de estudos adicionais para confirmar tais resultados.
As recomendações tradicionais para manter a saúde cerebral incluem ter uma dieta saudável, fazer uma redução no consumo de álcool e manter o controle da pressão sanguínea.
(Imagem: divulgação)
Outros estudos já haviam sugerido que a atividade física, uma dieta mediterrânea, a ingestão moderada de vinho e produtos lácteos podem auxiliar na prevenção ou no retardamento da demência e do declínio cognitivo.
Para investigar tal conexão entre produtos lácteos e saúde cerebral, a equipe de pesquisa entrevistou 1.504 participantes em Tóquio, com 65 anos ou mais, sobre seus hábitos alimentares.
Cerca de 80% deles incluíram queijo em suas dietas, com frequências variando de consumo diário a uma vez por semana.
Os participantes também realizaram um exame de 30 pontos para avaliar a função cognitiva, abrangendo aspectos como orientação, atenção, memória e linguagem, além de habilidades visuais e espaciais.
Benefícios do queijo
Os resultados apontaram que aqueles que consumiam queijo tinham menos probabilidade de obter pontuações que indicassem uma função cognitiva deficiente.
Em média, o grupo que consumia queijo marcou 28 pontos, enquanto o outro, que não consumia, ficou com uma média de 27.
Além dos benefícios cognitivos, os consumidores de queijo também apresentaram níveis mais baixos de Índice de Massa Corporal (IMC) e pressão sanguínea, eles caminhavam mais rápido e tinham uma dieta mais variada.
O lado ruim do estudo
Mas como tudo, há um lado negativo nesse estudo. Foi observado que os pacientes que consumiam mais queijo apresentavam altos níveis de colesterol e muito açúcar no sangue.
Ou seja, é de fato necessário observar melhor os resultados dessa amostragem. Com isso, não é recomendado aumentar a ingestão de queijo sem ter um acompanhamento médio adequado.
Enquanto surgem mais pesquisas para confirmar tal hipótese, manter uma alimentação balanceada e adotar um estilo de vida saudável continua sendo a melhor alternativa para a saúde do cérebro.