Isso reforça a tese de sabotagem levantada pela concessionária ViaMobilidade
– Redação Oeste
O governo de São Paulo verificou indícios de “degradação proposital” na linha 9-Esmeralda, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Isso reforça a tese de eventual sabotagem na linha ferroviária.
A Comissão de Monitoramento de Concessões e Permissões (CMCP), vinculada à Secretaria de Parcerias e Investimentos do governo de São Paulo, divulgou a informação nesta quarta-feira, 4. O órgão continuará as investigações administrativas, paralelamente à investigação criminal.
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“Os técnicos da CMCP visitaram o trecho entre a Vila Olímpia e a Cidade Jardim”, informou a secretaria, ao jornal O Estado de S. Paulo. “Foi possível verificar indícios de degradação proposital ao longo da linha. A comissão dará prosseguimento à inspeção técnica, seguindo o trâmite administrativo necessário, sem prejuízo de eventual investigação criminal.”
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que a ViaMobilidade, empresa responsável pela operação da Linha 9-Esmeralda, foi autuada pela interrupção no serviço. Caso fique comprovado que houve responsabilidade da concessionária, a multa pode chegar a R$ 4 milhões. A empresa ainda pode apresentar defesa.
“A gente vai agir com dureza também”, ressaltou o governador, em entrevista coletiva. “Vamos fortalecer cada vez mais a regulação.”
Serviços normalizados
A Linha 9-Esmeralda retomou as operações na tarde desta quarta-feira. A normalização dos serviços ocorreu depois de 27 horas de problemas técnicos. Conforme a ViaMobilidade, o trabalho de manutenção envolveu cerca de 70 colaboradores.
Desde as 14 horas da terça-feira 3, houve falhas naquela linha da CPTM. Problemas no sistema elétrico prejudicaram a circulação de trens e reforçaram o estado caótico do transporte sobre trilhos, que teve início com a greve da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).
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Ontem, a ViaMobilidade ressaltou a importância de investigar as falhas na Linha 9-Esmeralda. A concessionária não descarta a hipótese de vandalismo nem sabotagem.
O promotor Silvio Marques, do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), vai pedir informações à empresa para averiguar o caso.
Necessidade de investimento
Desde 2022, o MP-SP apura as falhas e os prejuízos aos cofres públicos e aos consumidores que utilizam as duas linhas. Durante as apurações, o Centro de Apoio Operacional à Execução, órgão ministerial que elabora estudos e pareceres técnicos, constatou a necessidade de investimentos imediatos para solucionar os diversos problemas estruturais e de gestão.
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A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital e a Promotoria de Justiça do Consumidor da Capital firmaram, em agosto, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a concessionária. O objetivo: promover melhorias nas linhas e realizar o pagamento de indenização por danos materiais e morais coletivos. Os valores ultrapassam R$ 800 milhões.
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