Corpo feminino passa por mudanças que exigem trocas nas refeições para atender às demandas nutricionais
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Saúde | Giovanna Borielo, do R7
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A chegada da menopausa atinge as mulheres conforme o passar da idade e proporciona uma série de mudanças no organismo feminino. De acordo com o ginecologista Alexandre Pupo, associado à Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), o fim da ovulação faz com que haja uma queda na produção dos hormônios sexuais femininos. Isso acaba gerando uma maior influência em relação à pouca testosterona produzida pelo corpo da mulher
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“Esse é um hormônio andrógeno, que provoca alterações metabólicas”, justifica o especialista
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Pupo explica que, devido às alterações em relação à testosterona, é possível perceber mudanças no perfil de colesterol e um aumento no acúmulo de gordura na região abdominal. Tais fatores aumentam o risco de a mulher apresentar doenças cardiovasculares, assemelhando-se ao dos homens. Com a idade, o metabolismo passa a desacelerar, gastando cada vez menos calorias. Somam-se a isso a atrofia muscular e a perda de massa magra, que tendem a mudar com o passar dos anos. A diminuição dos hormônios femininos também influencia na perda de massa óssea, predispondo ao surgimento de osteoporose
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“Assim, temos que direcionar a dieta para que haja um controle no ganho de peso, do ganho de gordura abdominal, controle de colesterol e da perda de cálcio dos ossos, minimizando o impacto desses problemas”, alega Pupo
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A nutricionista Letícia Mendes afirma que, nesse período, são recomendadas dietas anti-inflamatórias e antioxidantes, como a dieta mediterrânea, com legumes, castanhas e gorduras boas. Isso reduz os riscos de doenças cardiovasculares e inflamação corporal e melhora o sistema imune e o desempenho sexual
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Pupo explica que o consumo de frutas e verduras, como a couve-flor, berinjela e frutas cítricas, promove ação antioxidante no corpo. Letícia diz, complementando, que é importante haver o consumo de proteínas, com carnes magras e brancas, como frango e peixes, tal qual o consumo de ovos, que facilitam a digestão e auxiliam na prevenção da perda de musculatura
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É recomendado, também, o consumo de carboidratos, como batata, quinoa e mandioquinha, que se fazem essenciais na formação dos sistemas de colágeno e formação de neurotransmissores do bem-estar, como a serotonina, reduzindo os sintomas de ansiedade, depressão e distúrbios do sono. Já as gorduras boas, como abacate, azeite de oliva e castanhas, melhoram o sistema endócrino, responsável pela produção de hormônios
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A nutricionista diz que, entre os alimentos que devem ser evitados, estão o açúcar, farináceos e bebidas alcoólicas. Tais ingredientes promovem o estresse oxidativo, ajudando no envelhecimento do organismo, e degradam as células, que já estão afetadas pela deficiência hormonal. O consumo desses alimentos pode piorar alguns sintomas, como os “fogachos”, trazer um sono de má qualidade e aumentar a ansiedade e irritabilidade
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Pupo acrescenta que é importante ter um consumo moderado de cafeína, pois a substância promove a perda de cálcio dos ossos
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