Autoridades de segurança da aviação dos Estados Unidos fornecerão assistência ao Japão para leitura de gravadores de aviões após a colisão entre aeronaves nesta semana em Tóquio.
A presidente do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA, Jennifer Homendy, disse a repórteres que o Japão buscou assistência com os gravadores HON.O, fabricados pela empresa Honeywell.
“Vamos ajudar nisso”, afirmou ela, acrescentando que não está claro se os gravadores serão levados a Washington para análise ou se funcionários do conselho viajarão ao país asiático.
Todas as 379 pessoas a bordo do Airbus A350 da Japan Airlines conseguiram deixar a aeronave depois que ela pegou fogo após colidir com um turboélice De Havilland Dash-8 da Guarda Costeira durante pouso no aeroporto de Haneda, em Tóquio, na terça-feira (2).
Um porta-voz da Honeywell pontuou que a empresa produziu o gravador de voz da cabine usado no Dash-8 de fabricação canadense, mas não o gravador de dados de voo.
A L3Harris LHX.N produziu ambos os gravadores para o A350 da fabricante europeia de aviões, de acordo com um comunicado de imprensa de 2008. A companhia não respondeu o contato da reportagem até a publicação da matéria.
De acordo com as regras internacionais para investigações de aeronaves, conhecidas em toda a indústria pelo seu nome legal “Anexo 13”, a investigação é liderada pelo país onde ocorreu o acidente, mas as nações onde os aviões são fabricados também podem participar.
Especialistas forenses da Airbus e da agência estatal francesa BAE, juntamente com um representante do Conselho de Segurança nos Transportes do Canadá, estão apurando o acidente, que matou cinco dos seis tripulantes do avião da Guarda Costeira.
O Japão, que lidera a investigação, também pode pedir ajuda a outros países ao abrigo das regras internacionais.