Reduzir a exposição às telas, manter uma vida social e cuidar do corpo são alguns cuidados essenciais para manter o equilíbrio
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Educação | Beatriz Kawai*, do R7
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Segundo levantamento feito pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e pelo Instituto Ayrton Senna, dois em cada três estudantes do quinto ao nono ano do ensino fundamental e da terceira série do ensino médio relataram sintomas de depressão e ansiedade. A pesquisa de 2022 teve participação de 642 mil alunos da rede estadual. Já o relatório “Suicide Worldwide in 2019” da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontou que o suicídio foi a quarta causa mais comum de morte de jovens entre 15 e 29 anos.
Para os psicólogos e psiquiatras com quem o R7 conversou, o cuidado com a saúde mental é cada vez mais necessário, especialmente por parte dos estudantes que vão prestar vestibular. Mesmo com preparação pedagógica e educacional, a pressão para passar na faculdade pode prejudicar o desempenho do candidato.
No Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção de suicídio e à conscientização sobre doenças mentais, saiba como práticas de meditação e terapia podem ajudar na maratona de estudos. Confira sete dicas dos especialistas:
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Cada um tem seu tempo
“O melhor de si não é estar rendendo muito todo dia, mas conseguir obter um rendimento possível dentro daquele dia”, afirma o psiquiatra e professor Celso Lopes de Souza. Para lidar com a ansiedade, ele recomenda não focar tanto o resultado. “Mude a perspectiva e veja que cada um tem seu tempo de jornada”
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Reduza a exposição às telas
“O excesso de informações, aliado à dependência tecnológica, também pode sobrecarregar o aluno e gerar mais ansiedade”, afirma a psicóloga Thamiris Begoti. Um estudo realizado pela Universidade da Coréia, na Coréia do Sul, aponta que adolescentes viciados ao celular têm mais tendência a sofrer de insônia, depressão, ansiedade e impulsividadeVEJA TAMBÉM: Confira sete dicas importantes para manter a saúde mental em dia
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Tenha apoio pessoal
Cenira de Fátima Vieira, terapeuta da plataforma online Guia da Alma, recomenda a procura de ajuda profissional. Além de ter um acompanhamento médico, os jovens podem desabafar sobre suas inseguranças e descansar a mente. Em uma pesquisa da Unicef em parceria com a Viração Educomunicação, 35% dos estudantes entre 15 e 17 anos relataram ansiedade. Desses, 40% optaram por não recorrer a ninguém por insegurança e medo de julgamentoCONFIRA: Enem, Fuvest e Unesp: confira a agenda de simulados gratuitos dos principais vestibulares
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Cuidar da saúde física também é importante
O professor e doutor Éric Diego Barioni frisa a importância de manter a saúde física intacta. Ter uma noite de sete ou oito horas de sono é fundamental para descansar o corpo e recarregar as energias. Da mesma forma, o estudante precisa manter uma alimentação saudável, sem o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados. “Restrinja a sua exposição às telas de celulares, evite bebidas estimulantes e faça refeições mais leves antes de dormir”, indicaLEIA TAMBÉM: Fuvest 2024: candidato poderá escolher até 5 opções de curso após ‘agrupamento de carreiras’
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Escrever seus pensamentos e aprender a lidar com as emoções
Identificar seus sentimentos é um dos métodos apontados pela psicóloga Juliana dos Santos Carvalho para lidar com as angústias. Anotar os pensamentos e as fontes de estresse é uma maneira de o jovem reconhecer as emoções e controlar a sua intensidade. Deste modo, Juliana diz ser possível coordenar “uma ação alinhada aos objetivos independentemente do estado emocional”VEJA TAMBÉM: Setembro amarelo: saiba qual o papel da família e da escola na prevenção ao suicídio
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Dica extra para os pais
Claro que o acompanhamento profissional é importante, no entanto, o apoio das pessoas próximas valem ouro. A comunicação do estudante com seus pais ou responsáveis deve ser aberta e livre de julgamentos. Apoio incondicional vale muito mais do que dicas de estudo*Sob supervisão de Vivian Masutti
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