Com grande emoção, os pesquisadores que encontraram a espécie relatam que o reaparecimento levou todos os envolvidos às lágrimas. Saiba mais!
Em uma descoberta notável e emocionante, uma equipe de cientistas brasileiros, com o apoio da ONG Re:wild, conseguiu identificar quatro árvores de azevinho que haviam desaparecido do registro botânico por 185 anos.
Essas árvores preciosas pertencem à espécie Ilex sapiiformis e foram localizadas na região metropolitana do Recife, mais especificamente no município de Igarassu, no estado de Pernambuco.
O local, outrora coberto por uma densa floresta tropical atlântica, hoje é predominantemente composto por áreas urbanas e plantações de cana-de-açúcar.
Um fato curioso que merece destaque é que a instituição tem o ator Leonardo DiCaprio como um dos membros fundadores.
A expedição, enviada pelo ecologista Gustavo Martinelli, da Navia Biodiversity Ltd., dedicou seis dias de pesquisa em diversas áreas do Recife, resultando em uma descoberta verdadeiramente notável.
No dia 22 de março, a equipe conseguiu identificar quatro exemplares da espécie Ilex sapiiformis, popularmente conhecido como azevinho, que haviam desaparecido dos registros botânicos por quase dois séculos.
A alegria do reencontro é acompanhada de uma preocupação importante, pois essas espécies estão atualmente em uma área de mata ciliar degradada, mesmo sendo protegidas por lei.
Isso coloca o azevinho pernambucano em uma situação de emergência, pois acredita-se que apenas quatro indivíduos da espécie ainda existem, tornando-a vulnerável à extinção.
A descoberta emocionante
A identificação do arbusto revelou uma tarefa complexa para os pesquisadores envolvidos, uma vez que não havia documentação disponível para auxiliá-los na compreensão das características da espécie.
No entanto, um detalhe crucial veio à tona, permitindo a confirmação da espécie: as minúsculas flores verdes, uma característica distintiva do Ilex sapiiformis.
Foi a observação dessas flores que possibilitou a equipe constatar a presença da espécie. Juliana Alencar, assistente do projeto de expedição, expressou sua emoção, afirmando que o mundo parecia não girar no momento.
Além das obrigações com as buscas à procura dos mais exemplares de azevinho pernambucano, os cientistas têm agora uma nova missão crucial: a coleta de sementes da árvore e sua posterior germinação, na esperança de evitar a extinção dessa espécie tão rara.
Para realizar esse desafio, uma equipe do Jardim Botânico do Recife está monitorando de perto os quatro arbustos encontrados.
Eles retornam semanalmente ao local para verificar se as árvores estão frutificando e, assim, garantir que a próxima geração de Ilex sapiiformis tenha a oportunidade de prosperar.