Órgão estaria envolvido em suposto esquema para facilitar a demarcação de terras na floresta Amazônica em parceria com a Funai
– Cristyan Costa
De última hora, o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, cancelou sua ida à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, nesta terça-feira, 10.
Conforme Pochmann, ele já tinha um compromisso previamente agendado no exterior. O presidente do IBGE enviou em seu lugar Flávia Vinhaes Santos, diretora-executiva do órgão.
Em virtude de um acordo com senadores governistas, a CPI decidiu convidar depoentes. Dessa forma, eles não são obrigados a comparecer. Não é a primeira vez que uma testemunha não comparece à CPI.
O presidente do colegiado, senador Plínio Valério (PSDB-AM), falou em mudar a metodologia, e a partir de agora, convocar depoentes.
Denúncia na CPI das ONGs
Durante audiência no Senado, Herderli Alves, líder do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro, explicou como funciona uma suposta estratégia de ONGs, em parceria com o Ibama e a Funai, para transformar terras produtivas, ocupadas por mestiços, em território indígena.
- CPI das ONGs: relatórios da Abin mostram espionagem, interferência em obras e manipulação de indígenas
De acordo com Herderli, funcionários de ONGs que atuam na Amazônia induzem mestiços a se declararem indígenas. Dessa forma, conseguem, com órgãos oficiais, a demarcação de terras. “São produtivas”, afirmou Herderli, ao mencionar a existência de potássio e riquezas nesses territórios, que, uma vez demarcados, não podem ser retirados.
Conforme Herderli, a parceria entre ONGs e governo brasileiro fez saltar o número de indígenas no país. Em dez anos, a população indígena saltou de quase 900 mil para 1,7 milhão, segundo o mais recente levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “As ONGs visam a tomar a Amazônia”, afirmou a mulher. “Querem inviabilizar o Brasil.”
- O esquema denunciado por Salles na CPI das ONGs
Durante a oitiva, Herderli mostrou vídeos de mestiços, os quais denunciaram a estratégia informada pela líder do movimento. Em uma das imagens, é possível ver um agente da Polícia Federal dando cinco horas para uma família desocupar uma propriedade, visto que uma juíza dera tal prazo, em virtude da demarcação daquela terra, pois a maioria dos que moram na região declarou-se indígena, embora fosse supostamente mestiça.
Leia também: “Condenados à morte”, reportagem publicada na Edição 181 da Revista Oeste
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