(*) Cláudio Caivano
Inicialmente, as democracias buscam suporte de seus atos governamentais por meio do voto. A priori, o voto emite um sinal de envolvimento e inclusão da população no sistema democrático. Foi assim também na Alemanha Nazista, precipitada pelo fim da República de Weimar.
Em janeiro de 1933, após as eleições, o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP) contou com menos de 6 milhões de votos, uma participação de cerca de 18,2% no Reichstag, o Parlamento Alemão.
O Partido Social-Democrata, de Otto Weiss, ganha as eleições e consegue 143 cadeiras. Naquele momento, o presidente, Hindenburg, não apoiava integral ou parcialmente o chanceler recentemente eleito, Adolf Hitler. Contra o eleito, já pairava a dúvida sobre a condução de uma polícia do partido, a SA. No decorrer das eleições, esse grupo protagonizou eventos nada democráticos, como surras em dissidentes e opositores políticos.
Definitivamente, Adolf Hitler não era unanimidade na opinião pública, chamado de “cabo boêmio” por Hindenburg, muito menos entre a elite e o empresariado alemães.
De seu ponto de vista radical e antissemita, Adolf Hitler sabia que precisava do controle do Reichstag para a implementação do seu projeto de poder. Além disso, tinha ciência da saúde debilitada de Hindenburg e de seu câncer terminal, debilitando-o sobremaneira, aos 86 anos de idade.
Nesta ocasião, o Partido Comunista possuía cem cadeiras, representando cerca de 14% do Reichstag. Caso quisesse governar com liberdade, Hitler precisava do Partido Social-Democrata para somar cadeiras, além das cadeiras comunistas. A questão que se impunha era a de criar uma atmosfera, perseverando na aparente democracia, para o convencimento da opinião pública da necessidade de mudar a Alemanha.
Nas eleições de março de 1933 para o Parlamento, portanto, após o incêndio do Reichstag, os nazistas possuíam 32% e os comunistas, 17%. Com o impedimento dos comunistas de participarem das eleições, e a população assustada com a segurança nacional, NSADP aumentou a participação para 44%.
Mesmo contando com a participação do Partido Nacional do Povo Alemão como aliado, 52% não eram suficientes para atingir dois terços do parlamento e alterar a constituição.
Os partidos menores convenceram seus parlamentares e a opinião pública de que o presidente poderia exercer poder de veto contra o chanceler e votaram com Hitler.
Fake news ou false flag?
O tímido ex-cabo, de fraque e cartola, empossado como chanceler do Reichstag, logo se transformaria na histórica figura emblemática e sinistra do Adolf Hitler tirânico, sempre de uniforme, com as falas meticulosamente estudadas e entonadas como um grito selvagem e mítico para soerguimento dos anseios mais nefastos e inconfessáveis de um grupo de dominadores.
Dias antes do término do mês de fevereiro de 1933, havia poucos dias do empossamento como chanceler, em 30 de janeiro anterior, Hitler pregava que os comunistas protagonizariam um levante contra a democracia alemã.
O incêndio do Reichstag ocorre em 27 de fevereiro de 1933. Rapidamente, em menos de uma hora, destrói o edifício do Parlamento Alemão, que era um símbolo da democracia da República de Weimar. Hitler chegou por volta das 22 horas ao local, mesmo estando a poucas quadras de lá.
Um repórter do The Times, que à época era correspondente alemão e que chegara ao local menos de uma hora após ter sabido do evento, manifestou surpresa ao perceber que o Corpo de Bombeiros Berlinense não se encontrava no local.
Ele teria transcrito em sua matéria: “Encontrei a câmara central como uma massa em chamas que se elevava até a cúpula. Os policiais me disseram que o fogo havia começado em quatro ou cinco pontos diferentes, entre eles o porão. Haviam detido um homem no interior, aparentemente um comunista holandês”.
Naquela noite, Hitler conclamou a opinião pública através dos veículos de comunicação para afirmar que a democracia alemã sofria um duro golpe protagonizado pelos comunistas. Ele mesmo teria dito que as chamas seriam um “sinal divino”.
Segundo os relatos, Hitler gritava: “Já não haverá misericórdia! Qualquer um que cruzar nosso caminho será eliminado! O Volk alemão não terá compaixão ou clemência. Que todos os oficiais comunistas sejam mortos a tiros. Deve-se resolver tudo aquilo que esteja relacionado com os comunistas. Acabou a indulgência para com os social-democratas e o Reichsbanner (bandeira do Sacro Império Romano-Germânico)”.
Hitler sabia como ninguém, então, que por meio da “legalidade” era possível acabar com a própria “legalidade”.
O ex-chanceler General Schleicher, perturbado com a passividade de Hindenburg quanto às questões eleitorais, teria proposto: “…reconhecendo ser… impossível reunir uma maioria no Reichstag, pedimos ao presidente a eliminação provisória do Reichstag, e a transformação de seu governo em uma ditadura militar, em defesa do Império”.
Paul Joseph Goebbels teria dito, enquanto calculava a forma de lucrar com o episódio, que possuíam muito dinheiro para controlar os veículos de comunicação e convencer a opinião pública.
De outro lado, Herman Goering cuidava para deixar as forças de segurança, diga-se, forças de segurança do partido, a AS e a SS, de prontidão para impedir qualquer levante comunista. Outro aliado de sempre, não de última hora, Heinrich Himmler escolhia a dedo, ninguém mais e ninguém menos, que Reinhard Tristan Eugen Heydrich, um oficial superior alemão, para comandar as supostas investigações.
Com a situação totalmente manejada, Hitler convenceu o Parlamento a aprovar naquela mesma noite em regime de urgência, o “Decreto do Incêndio do Reichstag” ou “Lei Plenipotenciária”, que, entre outras autorizações, continha a possibilidade de efetuar prisões e cassar os direitos políticos do Partido Comunista Alemão.
Decreto do presidente do Reich para a proteção do povo e do Estado, que eliminava a liberdade de expressão, de opinião, de reunião e de imprensa. O sigilo do correio também era abolido. Além disso, o governo em Berlim ganhava poderes para “intervir” nos Estados, a fim de garantir “a paz e a ordem”.
Na prática, a primeira pedra, o primeiro ato de dominação política da Justiça e do poder estava definitivamente implementado. As cadeiras do Partido Alemão no Reichstag agora pertenciam ao NSAPD, Partido Nazista, conflagrando um poder impensável dias antes.
O bode expiatório
Pouco antes do episódio, logo após a eleição de Adolf como chanceler alemão, um trabalhador comunista holandês, debilitado, quase cego pelo acidente sofrido, um ano antes, no exercício de seu ofício, chega à Berlim acreditando que os comunistas alemães se oporiam ao levante nazi-fascista.
Eivado pelo emblemático fervor “democrático”, esperava que muitas outras pessoas se manifestassem contra a tomada do poder pelo Partido Nazista representado por Adolf Hitler.
Marinus van der Lubbe foi preso, acusado de conspiração contra o Estado Democrático Alemão, contra a República de Weimar. Foi torturado e preso, ainda naquela noite, como mais de 4 mil comunistas — entre eles, toda a cúpula do comando do Partido Comunista e seus parlamentares, que tiveram seus mandatos cassados.
Sem a observação da Lei, por intermédio de um decreto, foram presos em flagrante, linchados, torturados e enviados ao primeiro campo de concentração alemão, em DACHAU. Isso viria a ser descoberto, no fim da segunda Grande Guerra, como um dos locais de extermínio do povo judeu.
Marinus van der Lubbe, rapidamente processado e sentenciado à morte, foi guilhotinado menos de um ano depois, antes mesmo de completar 25 anos de idade.
O poder preditivo e o quarto poder
No caso de Adolf, em seu círculo diabólico, contava com um astrólogo e vidente, Erik Hanussen. Esse vidente teria previsto um incêndio:
“Vejo um crime chocante cometido pelos comunistas. Vejo chamas devoradoras. Vejo um terrível incêndio que ilumina o mundo.”
Acredita-se que um líder nazista tenha contado a ele sobre tais intenções o transformando em um “arquivo vivo”.
Para salvar a Alemanha, a República de Weimar precisaria ser expurgada, pois, os comunistas, na visão “adolfiana”, eram os causadores do caos social e da degeneração política alemãs.
Com o plano em andamento, e as cadeiras comunistas conquistadas, bastava dizer — através da opinião pública — que eles já previam a emboscada comunista e venceriam o inimigo da Alemanha.
Sem nenhum tipo de questionamento e senso crítico, capitaneados pelo ministro da Propaganda Nazista, que teria dito que “uma mentira contada mil vezes torna-se uma verdade”, os veículos de comunicação rapidamente aceitaram a incumbência e anunciaram a vitória da sociedade alemã contra o comunismo.
A imprensa veiculou, inclusive, que um documento que comprovava a organização dos esquerdistas havia sido encontrado na sede do Partido Comunista, que, em 24 de fevereiro, havia sido cercado pelas tropas da SA. O intuito era mostrar à opinião pública que o plano existia.
O documento, em si, nunca foi revelado. Mas é sabido que o vidente foi, posteriormente, encontrado morto em um parque, com um tiro na nuca. “Estranhamente” não previu a própria morte.
A elite e o empresariado alemão, ainda um tanto desconfiados, foram convencidos que o perigo era iminente e, entre alguém “democraticamente” eleito e a suspeita inverossímil de “tomada de poder” pelos comunistas, ou pelos militares, escolheram a primeira via.
Vale lembrar que Göring era um herói nacional. Um herói da Primeira Guerra Mundial e, como ministro do interior da Prússia, circulava entre a elite e o empresariado.
O herói, viciado em heroína por causa de um acidente que dilacerou sua bacia, patrocinou verdadeiros banquetes. Ele convenceu o empresariado e a elite alemã de que Hitler seria o imperador do Terceiro Reich e levaria a Alemanha ao sucesso por mil anos.
Em 1981, o jornalista investigativo Otto Köhler descobriu que uma lista com o nome das pessoas que deveriam ser detidas e culpadas pelo incêndio teria sido enviada à polícia seis horas antes do incêndio.
A verdade sempre aparece
Documentos encontrados anos depois do episódio e do fim da guerra comprovam, pela oitiva de oficiais, que os próprios membros da SA e da SS, liderados por Reinhard Heydrich, sob ordens de Hermann Göring, puseram fogo no Reichstag.
Segundo os documentos, eles entraram munidos de galões de gasolina e incendiaram o Parlamento Alemão. Anos mais tarde, o próprio Göring, segundo testemunhas, teria dito que somente ele sabia o que havia acontecido no Reichstag.
O ministro do Interior, H. Gisevius, teria dito: “Foi Goebbels quem primeiro pensou em atear fogo ao Reichstag”.
O chefe da Gestapo em Nuremberg, R. Diels, teria dito: “…Göering sabia exatamente como fazê-lo, por isso ordenou a feitura de uma lista de pessoas que deviam ser presas logo depois…”
O chefe do Estado Maior do Alto Comando do Exército Alemão, Franz Halder, teria reportado a fala de Göring em um almoço, em 1943: “O único que sabe o que realmente aconteceu no Reichstag sou eu, pois eu mesmo acendi as tochas”.
Na década de 1980, o Tribunal Alemão inocentou postumamente Marinus Van der Lub, após longo julgamento investigativo.
O historiador norte-americano Benjamin Carter Hett, em seu livro Burning the Reichstag, demonstrou que as SAs nazistas já tinham um setor especializado em incêndios.
Recentemente, a imprensa alemã teve acesso a uma declaração juramentada em 1955, recém-descoberta nos arquivos de um tribunal em Hanover, que muda a versão defendida pelos nazistas de que um comunista holandês estava por trás do crime.
No relato em questão, Hans-Martin Lennings, ex-membro da Força Paramilitar Nazista, Sturmabteilung (SA), conta ter levado o holandês Marinus van der Lubbe até o Reichstag na noite do incêndio.
Lennings, que morreu em 1962, disse ainda em seu depoimento que ele e seus colegas chegaram a protestar contra a prisão de Marinus Van der Lubbe, à época com 24 anos.
“Estávamos convencidos de que Marinus Van der Lubbe não poderia ter sido o incendiário, porque, de acordo com a nossa observação, o Reichstag já estava pegando fogo quando o deixamos lá”, afirmou Lennings.
Em setembro de 1933, no Tribunal de Leipzig, o advogado búlgaro, Georgi Dmitrov, que, 13 anos mais tarde se tornaria primeiro-ministro da Bulgária, realizou uma brilhante defesa dos outros acusados. Ele convenceu quase uma centena de jornalistas que acompanhavam o julgamento de que a verdade deveria ser buscada nas primeiras fileiras do NASPD, o Partido Nazista.
“Gostaria que o senhor Göring demonstrasse como apenas um homem, munido de uma caixa de fósforos e quatro pacotes de carvão da marca Oldin, pôde destruir, em apenas uma hora e sem que nenhum policial percebesse, o enorme edifício do Parlamento”, disse o jornalista.
Ao ser inquirido pelo presidente do tribunal se acreditava que o julgamento não seria isento, se limitou a responder: “As investigações poderiam ter sido influenciadas por determinada ideologia política”.
As semelhanças com o 8 de janeiro
Em 27 de fevereiro de 1933, quatro dos mais poderosos homens da Alemanha estavam reunidos em dois jantares distintos. No seleto Herrenklub, o vice-chanceler. Franz von Papen. divertia-se com o presidente, Paul von Hindenburg.
Enquanto isso, na casa de Josef Goebbels, o recém-nomeado chanceler, Adolf Hitler, fora convidado para um jantar íntimo.
“De repente”, contou mais tarde Goebbels em seu diário, “recebemos um telefonema do Doutor Hanfstaengl: “O Reichstag está em chamas!”. Goebbels, a princípio, afirma não ter acreditado, mas o jantar do Herrenklub ficava a poucos metros do Reichstag. “Subitamente”, escreveu Papen mais tarde, “notamos um brilho vermelho nas janelas e ouvimos gritos na rua. Hindenburg e eu pudemos ver o edifício do Parlamento Alemão pegando fogo”.
Poderia até mesmo ser o prédio do Ministério da Justiça!?
Ao iniciar-se com um governo que não possuía maioria no Parlamento, o eleitor brasileiro não gozava de nenhuma credibilidade, a ponto de não poder sair às ruas sem ser chamado de ladrão.
Sua base congressista era ínfima, desprestigiada e carecia, portanto, do convencimento da opinião pública de que o mal do Brasil era o Bolsonaro e o bolsonarismo. Na Alemanha, os comunistas, e posteriormente os judeus. Governos ditatoriais criam e ressuscitam fantasmas inimigos.
Do mesmo modo impensável, o fato de um lobo solitário, quase cego, invadir o Reichstag para incendiá-lo, munido de uma caixa de fósforos e quatro pacotes de carvão. De outro lado temos que a invasão dos anciões patriotas, munidos de suas bandeiras, terços e bíblias, pode ser classificado como insensato e impossível para uma pretensa tomada de poder.
Além disso, o repórter no The Times não encontrou bombeiros ao chegar ao Reichstag, do mesmo modo que não havia policiamento no entorno da Praça dos Três Poderes. A Força Nacional ficou estacionada a serviço do nosso Göring, com a diferença de que o corpulento brasileiro está longe de amealhar qualquer alusão a um herói e ser, de fato, um comunista declarado.
Ademais, assim como Göring teria dito que só ele sabia, Flávio Dino afirmou que as imagens não continham nada, nem extraterrestres, nem óvnis. Portanto, presenciou ao vivo ou as viu na íntegra.
A função preditiva da imprensa, o quarto poder, não pode ser descartado, pois teve papel crucial ao declarar por seis longos meses dos riscos de um novo Capitólio no Brasil. Só faltou o vidente para ser idêntico.
Além do mais, assumiu toda a narrativa munida de muito dinheiro que não foi distribuído no governo anterior.
É cediço que esse jogral, encabeçado pela mídia tradicional, tem um poder de programação mental, montando um verdadeiro arquétipo mental na opinião pública desatenta.
Inobstante a inverossímil narrativa de documentos encontrados em busca e apreensão espúria, o mesmo ocorreu nos dois eventos: um documento encontrado na casa de Anderson Torres, apócrifo, nulo, imberbe, inverossímil e esdruxulo foi utilizado como suposta prova para dar azo à narrativa que se formava de tentativa de golpe.
No caso alemão, o Anjo da Morte, Reinhard Heydrich, um dos idealizadores da “Solução Final” e da “Noite dos Cristais”, se dispôs a comandar a invasão pelos membros da SA e do SS. No caso brasileiro, general de três estrelas, G Dias, protagonizou as cenas mais indecorosas para as Forças Armadas.
A diferença é que, aqui no Brasil, o governo quer a “descredibilização” total das Forças Armadas, enquanto na Alemanha queria convencê-los a partir para a guerra.
Finalmente, em ambos os casos, a questão “evitar golpe militar” é a narrativa padrão, repetida à exaustão como um mantra.
As provas advindas de investigação, no caso alemão, chegaram somente com o fim da guerra. No entanto, no julgamento dos comunistas, a opinião pública já foi convencida de que fora uma armadilha, um false flag.
No Brasil, a demonstração da verdade chegou com a CPMI do 8 de Janeiro, que descortinou um plano mambembe e mequetrefe de tomada do poder pelo próprio governo, para transformar o Brasil em um país comunista.
“Lei para solucionar as urgências do povo e da nação
O Reichstag fez entrar em vigor a seguinte lei, a qual é sancionada com o consentimento do Reichsrat, tendo ficado estabelecido que os requisitos para uma emenda constitucional foram cumpridos:
Artigo 1º: Em acréscimo ao procedimento estabelecido pela Constituição, as leis do Reich podem também ser emitidas pelo governo do Reich. Isso inclui as leis referidas no artigo 85, parágrafo 2o, e artigo 87 da Constituição.
Artigo 2º: As leis emitidas pelo governo do Reich podem diferir da Constituição sempre que não contradisserem as instituições do Reichstag e do Reichsrat. Os direitos do presidente ficam sem modificação.
Artigo 3º: As leis emitidas pelo governo do Reich devem ser promulgadas pelo chanceler e publicadas no Diário Oficial do Reich. Tais leis entrarão em vigor no dia seguinte da publicação, a não ser que se indique uma data diferente. Os artigos 68 a 77 da Constituição não se aplicam às leis emitidas pelo governo do Reich.
Artigo 4º: As leis emitidas pelo Reich com Estados estrangeiros que afetem em matéria a legislação do Reich não necessitarão da aprovação das câmaras legislativas. O governo do Reich deve promulgar as regras necessárias para a execução de tais tratados.
Artigo 5º: Esta lei entra em vigor no dia de sua publicação. Fica sem vigência no dia 1o de abril de 1937 ou se o atual governo do Reich for substituído por outro.”
(Livro Manipulando a História: Operações de falsa bandeira: Do Incêndio do Reichstag ao Golpe de Estado na Turquia de Eric Frattini)