Fernando Villavicencio, candidato à Presidência do Equador, foi morto com três tiros na cabeça em plena rua, logo após participar de um evento de campanha, na última quarta-feira (9). A suspeita é que sua morte tenha relação com as promessas de endurecer o combate ao narcotráfico e ao crime organizado.
Esse constante confronto já vitimou outros políticos pela América Latina. Na Colômbia, o narcotráfico foi responsável pela morte de pelo menos três candidatos à Presidência.
Entre agosto de 1989 e abril de 1990, Luis Carlos Galán, Bernardo Jaramillo e Carlos Pizarro Leongómez foram mortos pelo narcotráfico.
No México, em 1994, Luis Donaldo Colosio, à época favorito à corrida presidencial, foi alvejado na cabeça e no abdômen após um comício na cidade de Tijuana, na fronteira com os Estados Unidos.
Em 2021, o então presidente do Haiti, Jovenel Moise, teve sua casa invadida por um grupo armado que o assassinou e retirou documentos de seu quarto. Suspeita-se que ele entregaria nomes de políticos e empresários ligados ao crime para autoridades dos Estados Unidos.
O continente também testemunhou uma série de tentativas mal sucedidas de tirar a vida de lideranças políticas. Em outubro do ano passado, a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi vítima de um atentado em frente à sua casa. O brasileiro Fernando Montiel apontou um revólver para a cabeça de Cristina e apertou o gatilho, mas a arma não disparou.
VÍDEO – Veja momento em que homem aponta arma para Cristina Kirchner
Em agosto de 2022, o atual presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sofreu uma emboscada. Homens que se passaram por policiais alvejaram dois veículos da comitiva presidencial. Ninguém se feriu no ataque.
Em novembro de 2020, o presidente boliviano Luis Arce também sofreu uma tentativa de atentado. Uma caixa com dinamites foi deixada em frente à casa em que ele se reunia com correligionários. Os dispositivos não chegaram a detonar.
E, em agosto de 2018, dois drones carregados de explosivos foram detonados próximos ao local onde o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fazia um pronunciamento oficial. Sete pessoas foram feridas no atentado, mas Maduro escapou ileso.
Veja também: Quem era Fernando Villavicencio, político morto a tiros no Equador
*Publicado por Douglas Porto